Foto: Reprodução / PMMT
Corpos enterrados em áreas isoladas revelam execuções, desaparecimentos e dificuldade na identificação das vítimas
A descoberta de cemitérios clandestinos espalhados por diferentes regiões de Mato Grosso escancara a forma como facções criminosas têm agido para ocultar crimes e reforçar o domínio territorial. Somente neste ano, mais de 30 corpos foram encontrados enterrados de maneira irregular em áreas de mata e locais de difícil acesso, cenário que evidencia execuções com alto grau de violência.
Levantamento da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) aponta que 47 vítimas já foram identificadas em ocorrências semelhantes registradas nos últimos anos. Ainda assim, o estado mantém 70 restos mortais sem identificação no banco nacional de perfis genéticos, o Codis, enquanto 168 famílias já forneceram material genético na esperança de localizar parentes desaparecidos.
Casos recentes reforçam a gravidade da situação. Em Confresa, no início de dezembro, investigadores encontraram um ponto de desova usado há meses por criminosos. No local, dois corpos foram desenterrados, um deles com sinais extremos de violência, indicando execução possivelmente ligada a disputas internas de facções.
As maiores concentrações de vítimas foram registradas em Lucas do Rio Verde, com 12 corpos, e em Rondonópolis, onde outros 11 foram encontrados em cemitérios clandestinos. As investigações indicam que muitas das vítimas passaram pelo chamado “tribunal do crime”, prática usada por facções para punir quem descumpre regras impostas, ampliando o temor e a insegurança em diversas regiões do estado.
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