A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (5) a Operação Rescaldo, com foco na apuração de crimes eleitorais ocorridos durante o pleito municipal de 2024. A ação ocorreu nos municípios de Várzea Grande e Cuiabá, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão autorizados pelo Juízo das Garantias do Núcleo I do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
As investigações tiveram início após a apresentação de uma notícia-crime ao plantão da PF. Conforme o relato, um vereador afastado da capital teria abordado eleitores ligados a um candidato do mesmo partido e oferecido vantagens indevidas em troca de apoio político. A identidade do outro candidato ainda não foi divulgada.
Segundo a Polícia Federal, as medidas cautelares visam reunir provas que contribuam para a instrução do inquérito. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e difamação eleitoral, cujas penas podem chegar a cinco anos de reclusão.
O parlamentar citado já havia sido investigado recentemente na Operação Perfídia, deflagrada em 29 de abril, que apura o suposto recebimento de propina por parte de vereadores para agilizar projetos de interesse de uma empreiteira na Câmara de Cuiabá. Na ocasião, ele foi afastado do cargo, juntamente com o vereador Sargento Joelson (PSB).
Nesta semana, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou o pedido de retorno ao mandato, mas autorizou que o vereador continue recebendo salário integral de R$ 26 mil mensais durante o período de seis meses de afastamento.
A Operação Rescaldo reforça o cerco das autoridades federais sobre o uso indevido da estrutura partidária e de influência política em disputas eleitorais.
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