Pedido de Inserção No 278.7  -  CAMARA GUARANTÃ DO NORTE

Manobra política

Foto: Reprodução
Manobra política
BASE DO ATUAL PREFEITO REALIZA MANOBRA PARA DESARTICULAR ABERTURA DE CPI PARA INVESTIGAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NAS OBRAS DA ESCOLA ALBERT EINSTEIN E GUARANTÃ.

Na manhã desta segunda-feira, 15 de setembro de 2025, às 8h59, os vereadores Zilmar Assis de Lima, Veroni Pansera e Maria Socorro, todos da base do prefeito Alberto Márcio, protocolaram o Requerimento de Abertura da CPI nº 001/2025, registrado sob nº 3207/2025. A comissão tinha como objetivo investigar possíveis irregularidades nas obras da Escola Albert Einstein em Guarantã, realizadas nos contratos administrativos nº 179/2022, nº 197/2022 e nº 051/2023, na gestão anterior. O vereador Zilmar Assis de Lima chegou a gravar um vídeo em frente à Câmara Municipal exaltando a importância do protocolo e afirmando compromisso com a transparência. Porém, menos de 12 horas depois, veio a reviravolta: um dos próprios vereadores que assinou o pedido recuou.

Durante a 15ª Sessão Ordinária, ainda no mesmo dia, a vereadora Maria Socorro solicitou oficialmente a retirada de sua assinatura, alegando que não havia analisado o requerimento com profundidade e que, após “avaliar melhor a situação”, decidiu voltar atrás. A decisão surpreendeu porque, recentemente, o prefeito Márcio havia cobrado publicamente, em suas redes sociais, que o Legislativo investigasse as obras. Em seguida, incentivou sua base a protocolar a CPI. Mas, em um movimento interpretado como manobra política, a própria base do prefeito recuou, inviabilizando o processo. Como são necessárias ao menos três assinaturas para abertura da comissão, a retirada de Maria Socorro deixa a CPI praticamente sem efeito.

Questionado, o presidente da Câmara, Celso Henrique, defendeu a importância de apurar as supostas irregularidades, apontadas inclusive pelo Ministério Público. No entanto, reconheceu que a retirada da assinatura pode comprometer a instalação da comissão. “O pedido da vereadora será encaminhado para a Procuradoria Jurídica, já que o requerimento de abertura de CPI se encontra na Comissão de Constituição e Justiça”, explicou.

Outro ponto que chamou atenção foi a postura do vereador Zilmar Assis de Lima. Durante os oito anos da gestão anterior, ele foi aliado fiel do Executivo, inclusive no período em que as obras agora questionadas foram executadas. Na época, Zilmar fazia elogios constantes aos trabalhos, deixando evidente que não exercia, de forma firme, seu papel constitucional de fiscalizar o Executivo. O repentino discurso em defesa de uma CPI levanta ainda mais dúvidas sobre os verdadeiros objetivos da iniciativa.

Diante do episódio, surgem perguntas inevitáveis: o que realmente aconteceu para que a base do prefeito recuasse tão rápido? Houve pressão direta do Executivo para desarticular a CPI? Quais interesses estão por trás dessa manobra? Para muitos, as respostas podem estar justamente naquilo que se tenta evitar investigar.

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